Na página da internet da Junta de Missões Nacionais das igrejas batistas lemos um depoimento: “Em nossos treinamentos, quando perguntamos por que os crentes não evangelizam, três são as respostas mais comuns: em primeiro lugar, a maioria diz que não tem coragem para evangelizar. Em segundo lugar, outros dizem que não sabem como evangelizar; outros ainda dizem que não evangelizam porque não têm consciência de que precisam evangelizar!”. (http://www.jmn.org.br/publicacao.asp?codCanal=11)
Vamos refletir sobre estes problemas à luz das Escrituras:
O primeiro problema é solucionado pela capacitação do Espírito Santo, que, à semelhança do Pentecostes, tornou os apóstolos ousados na pregação do evangelho. Se a Igreja quer experimentar um avivamento, um crescimento espiritual, uma maior comunhão com o Espírito Santo, ela tem que se dispor ao trabalho do crescimento do reino, onde aí sim haverá maior derramamento do poder do Espírito Santo, e capacitação em dons, porque Ele o faz visando sempre um fim proveitoso. (1Co. 12). A expectativa comum é a de que podemos viver uma experiência espiritual mais intensa mediante a oração, jejuns, meditação na palavra, vida na igreja, frequentemente parando por aí. Tudo isto é imprescindível, mas a omissão do comissionamento do “Ide” expõe este esforço, num certo sentido, e no mínimo, a um resultado aquém do esperado.
O envolvimento, o engajamento, individual e coletivo nas missões de evangelização é inescusável. E lemos no artigo teológico “Evangelização: Por que devemos pregar o evangelho?” da Bíblia de Estudo de Genebra: “Deus incumbiu a igreja toda da tarefa de tornar Cristo conhecido no mundo inteiro. É possível que certos indivíduos da igreja não tenham o dom da evangelização ou de sustentar financeiramente missões locais e estrangeiras, mas todos podem orar pela propagação eficaz do evangelho”.
O terceiro problema: Jesus mesmo falou em Jo14.15: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”, e um mandamento especificamente e especialmente dado por Jesus é o de levar a toda criatura o conhecimento e a salvação do evangelho, como lemos em Mc16.15 “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.
Paulo mesmo entendia que era incomparavelmente melhor partir e estar com Cristo, mas se a vida na carne trazia fruto para o trabalho, esta adquiria um sentido que não há outro para a vida dos salvos pela cruz. Se ainda estamos aqui, temos para nossa vida um único sentido, que é o de louvar e glorificar a Deus através da contribuição para o progresso do evangelho. (Fp1.21-26).
Nós somos salvos por Jesus para sermos arregimentados como bons soldados de Cristo, como lemos em Ef.2:8-10 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado. Jo6:29
O segundo ponto, que não podemos chamar de problema, à semelhança dos outros, porque nossa Igreja Presbiteriana do Bairro Varginha é abençoada por prover aos membros uma vida plena em Cristo: a boa palavra bíblica pregada, várias frentes de evangelização apoiadas: CEREVI, Delfim Moreira, Caxemira, Blogs, e com envolvimento direto de vários membros desta Igreja, cujas atividades são eventualmente divulgadas em forma de convite: não deixem de se envolver.
Uma igreja que se envolve cada vez mais com a obra missionária é uma igreja que se dispõe a receber cada vez mais poder do Espírito Santo, pois se engaja no fim proveitoso, a propagação do evangelho. E o benefício pessoal que advém desse envolver é também tremendo: não há nada que nos faça mais presente a alegria e satisfação pela salvação em Cristo Jesus que contemplar no outro, assim como em nós um dia, o milagre da regeneração.
E este é o milagre perseguido e propagado pela nossa igreja, uma vida desregrada, totalmente corrompida pelo pecada, totalmente restaurada pelo poder da obra de Cristo Jesus.
Que a igreja incline seu coração cada vez mais na causa missionária, que é sua razão de ser aqui na terra, e que os irmãos ofertem por esta causa, a oferta custeia e possibilita a manutenção dela, mas que esta oferta não seja toda a participação do irmão, mas sim o início.
Dennis Daccach - Pres. Conselho Missionário IPBV
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