sábado, 26 de setembro de 2009

IR OU PREGAR?


Algo que me preocupa bastante é o ensino de que a ênfase do texto de Marcos 16:15: “IDE POR TODO O MUNDO E PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA” está na pregação do evange-lho e não no ide, o que tem sido causa de certo desinteresse pela obra missionária.

Isso justifica a falta de visão missionária de inúmeros lideres eclesiásticos, que se esforçam para apenas alimentar seu rebanho, as vezes tão robusto e tão farto, que nem dá tanta importância ao valor real da pregação, nem se esforça para ter uma vida semelhante a de Cristo Jesus, e muito menos quer perder seu tempo fazendo missões e contribuindo com a obra mundial, que exige renúncia e sacrifício.

Ora, se Jesus quisesse que o seu santo evangelho fosse pregado sempre para as mesmas pessoas, ele jamais a derradeira afirmação contida em Atos 1:8, “Mas recebereis Poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e serás minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até os confins da terra”.

Se o IDE fosse secundário, o evangelho ficaria restrito ao povo judeu. Mas, graça a Deus isso não aconteceu, pois o Espírito Santo tem conduzido no decorrer da história inúmeros servos fieis, que compreenderam que não há pregação sem o ide, nem o ide sem pregação. Ao meu humilde modo de entender, é possível pregar o evangelho sem ir até os pecadores, inclusive aqueles que estão nos confins da terra.

Se a ênfase gramatical no alto de pregar o evangelho e não no ide, uma interpretação sistemática de texto bíblicos nos conduz a conclusa de que deveremos ir pregando a Palavra de Deus como mandou o Mestre.
É evidente que no bastar ir para tirar foto, aprender outra cultura por curiosidade, aprender outra língua, fazer turismo, andar de avião, andar de barco, ver lindas e exóticas paisagens asiáticas, africanas ou européias, para melhorar o currículo visando a, no futuro, pastorear uma grande igreja.





É IMPRESCINDÍVEL QUE ESSA IDA SEJA ACOMPANHADO DA PRREGAÇÃO DO EVANGELHO TANTO PARA AQUELES QUE JÁ OUVIRAM, QUANTO PARA AQUELES QUE NUNCA OUVIRAM AS BOAS NOVAS DA SALVAÇÃO.

Conclui-se, portanto, que não basta pregar o evangelho sempre para mesmas pessoas, ou seja, sem o ir como também não adianta ir, se não existir o primaz propósito de pregar o evangelho enquanto se vai.



Há pessoas que defendem a desnecessidade de fazer missões transculturais, sob o pretexto de que precisamos evangelizar nossos vizinhos (o que de fato é necessário), porém a maioria dessas pessoas, e digo com pesar, nada fazem de concreto pela evangelização local, contrariando, portanto a obra missionária mundial. A luz que brilha longe, brilha mais longe nas proximidades de seu foco.

É incoerente resistir a evangelização do mundo, quando a pessoa que questiona nada faz para ganhar alguém para Cristo Jesus.

A igreja não pode deixar de investir em missões, não pode inverter os valores. A ordem do Senhor a quem servimos é muito clara, e o único que tem intento de impedir a pregação do Evangelho a todos os povos do mundo é o diabo

O império das trevas possui um tempo limitado, sem duvida no devido tempo ele sucumbirá e isso, evidentemente, acontecerá na consumação dos séculos.

Jesus Cristo, como sempre, foi taxativo e não deu margem para dúvidas sobre esse assunto, ensinando-nos de maneira precisa, no versículo 14, do capitulo 24 do evangelho, segundo Mateus: “E SERÁ PREGADO ESTE EVANGELHO DO REINO POR TODO O MUNDO, PARA TESTEMUNHO A TODAS AS NAÇÕES. ENTÃO, VIRÁ O FIM.”

Vira o fim de quê?

Obviamente que os céus e a terra passarão, mas a Palavra do Senhor é para toda eternidade (Marcos 13:31) e o diabo sabe disso, e sabe também que todas as nações (etnias) do mundo receberem o testemunho do Evangelho, o final do seu império de maldade restará consolidado e não é á toa que ele vive tentando iludir a igreja sobre esse assunto. Porem, em Cristo Jesus somos mais que vencedores, e agindo Deus quem impedirá?

Devemos orar para que todos os pastores amem o trabalho missionário.

Não podemos esquecer que o diabo foi o primeiro intérprete da Palavra de Deus, confundindo a cabeça dos primeiros seres criados a imagem e semelhança de Deus, e assim entrou o pecado no mundo, e o salário dele é a morte. Não deixemos de anunciar a vida eterna, que só Jesus pode dar (João 5:24) e isso em todos os lugares do mundo!

Concluo na certeza de que teologia sem ação é religiosidade. Ação sem teologia é vulnerável. Teologia e ação em harmonia conduzem a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, que consiste em testemunhar a vinda, morte, ressurreição, ascenção e volta de Jesus Cristo, e isso para todos os povos da terra.

Por Maurício Pereira Pitorri
(Extraído da Revista Alcance 1° TRIM/2009)

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