terça-feira, 31 de dezembro de 2013

31 de dezembro – Salmo 118




“Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”. Na expectativa de virar mais uma página da história de nossa vida e da nossa trajetória humana neste mundo e na sociedade de que participamos, alguma coisa se alvoroça e se agita dentro de nós.  Isso porque costumamos dividir o tempo, dando significação maior ou menor a uns e a outros dias, de acordo com aquilo que eles representam para nós, e na medida das emoções que eles nos apresentam. São todos iguais, mas alguns significam mais que outros.
Portanto, hoje, mais que em qualquer outro momento, temos razões de sobra para acatar a recomendação do saltério, conforme o salmo 118, verso 24: “Regozijemo-nos e alegremo-nos nele”, ou seja, agradeçamos. O simples fato de estarmos vivendo essas emoções de mais um 31 de dezembro é motivo para ação de graças, gesto recomendado e expresso no versículo já referido. Aqui estamos.
Sim, 365 dias se passaram: embates, sofrimentos, dores, lágrimas, enfermidades, luto, dúvidas, incertezas, contrariedades, decepções, fracassos, perdas materiais, físicas, morais, lembranças, medo, temores, ingratidão.  E tudo isso, enfim, ficou para trás, e nós sobrevivemos e estamos de pé.  Vivos estamos, não apenas no sentido de que continuamos existindo entre os mortais, mas no sentido de que, embora tomando consciência de tudo que nos cercou e nos atingiu duramente, permanecemos com razoável e boa disposição.
Essa constatação concede-nos um sabor de triunfo, de êxito e supremacia, pois aí exatamente se configura a alvissareira realidade: Eu vou, com todas as minhas limitações, adentrar o ano de 2.014. Posso adoecer amanhã e vir a perecer. Mas a minha alegria, onde se fundamenta o meu hino de vitória, e o motivo do regozijo, aqui está: apesar dos revezes, as minhas forças não foram minadas, não se extinguiram os recursos de ordem espiritual, psicológica e moral para meu sustento, não se esvaiu a minha modesta, mas determinada capacidade de resistência. Também não me desesperei, não fiquei parado no meio do caminho, não recuei e muito menos renunciei à luta.
Enfim, irmãos, resistimos. E isso é importante. Pela graça divina fomos mantidos na posição de testemunhas da fé que um dia foi entregue aos santos, como Deus quer, porque para isso nos chamou.
Agora prosseguimos, sabendo que Deus não tem prometido céu sempre azul, flores espalhadas pelo caminho de nossa vida, sol sem chuva, alegria sem tristeza, paz sem dor. Mas Ele tem prometido força para o dia, descanso para o trabalhador, luz para o caminho, graça para a provação, ajuda para os caídos, infalível simpatia e imortal amor.
                                               Rev. Ephrain


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